Artefatos descobertos em caverna da
Jordânia
(textos sobre os últimos
anos de Cristo?)
As
lâminas de chumbo com possíveis textos sobre os últimos anos de Cristo Artefatos descobertos em uma caverna
remota na Jordânia poderiam oferecer um relato
contemporâneo dos últimos anos de Jesus. Nota é de Guillermo Caso de los Cobos,
publicada no blog Terrae
Antiquae, 24/03/11. Tradução de Moisés
Sbardelotto. O achado dos
pergaminhos e de 70 códices de chumbo – pequenos volumes do tamanho de um
cartão de crédito – contendo a antiga escrita hebreia e falando do Messias e da Ressurreição despertou o interesse dos estudiosos
da Bíblia.
Grande parte da escritura está em código, mas os especialistas decifraram as
imagens, símbolos e diversas palavras. Os textos poderiam ter 2.000 anos. Alguns acadêmicos mostram-se céticos com
relação à descoberta, já que foram inúmeras as fraudes e as falsificações
sofisticadas produzidas nos últimos anos. Muitos dos
códices estão selados, o que sugere que poderiam ser escritos secretos
referidos no livro apócrifo de Esdras,
um apêndice de algumas versões da Bíblia. Os textos foram escritos em
pequenas folhas de chumbo atadas com um arame. O tesouro foi
encontrado há cinco anos por um israelense beduíno e pode existir desde o
século I, na época da Crucificação e da Ressurreição de Jesus. Vários
especialistas examinaram os escritos, incluindo Margaret Barker,
ex-presidenta da Sociedade
para o Estudo
do Antigo Testamento, com um reconhecido conhecimento sobre os
estudos dos primeiros cristãos. Ela declarou ao
jornal Sunday Times como a intriga que rodeia esses
objetos era semelhante ao secretismo do mercado negro em torno da descoberta
dos Manuscritos do Mar
Morto. Há um florescente mercado de antiguidades no Oriente Médio, e
muitas figuras sinistras estão envolvidas nele. Um arqueólogo, supostamente,
recebeu até ameaças de morte. Barker disse:
"Houve muitos enganos. Grandes somas de dinheiro foram mencionadas, até
um máximo de 250.000 libras foram sugeridas como preço por uma única
peça". Ela teve acesso a fotografias tiradas dos códices e pergaminhos e
se mostra cautelosa antes de confirmar a sua autenticidade. Mas disse que, se
o material é original, então os livros poderiam ser uma evidência "única
e vital" sobre os primeiros cristãos. "Se eles são uma
falsificação, o que eles estão falsificando? A maioria das falsificações são
extraídas de material existente, mas eu não vi nada como isso",
assinalou. O proprietário
do material escondido é um beduíno chamado Hassan
Saeda, que vive na aldeia de Um-al-Ghanam,
no norte de Israel,
segundo o Sunday Times.
Acredita-se que o material foi obtido depois de ter sido descoberto no norte
da Jordânia. Duas amostras
foram enviadas a um laboratório da Inglaterra,
onde foram examinadas por Peter
Northover, chefe de um grupo de arqueologia e especialista em
ciência dos materiais. O veredito não foi conclusivo sem mais provas, mas ele
disse que a composição era "consistente com uma gama de chumbos
antigos". No entanto, Philip Davies,
professor emérito de estudos bíblicos da Universidade
de Sheffield, está convencido de que os códices são genuínos, depois
de ter estudado um deles. Ele disse a seus colegas em privado que acredita
que é pouco provável que o achado tenha sido falsificado, segundo informou o Sunday Times. |