Boa noite, prezado
amigo LAERTE!
Aí pelo ano de 1954 eu
estava na fase de magistério (tempo em que se é mandado a colégio jesuítico para
ensinar). Nos meus 21 anos veio-me dúvida se tinha, ou não, vocação para padre.
Achei melhor conversar com alguém sem crença em Deus. No Rio de Janeiro, onde
eu morava no bairro de Botafogo, tinha fama de intelectual competente uma mulher
sabidamente ateia, que fora colega de escola de Don Helder Câmara. Quando comecei
a conversa sobre vocação religiosa, ela
foi logo dizendo que não entendia nada do assunto, e acrescentou que me poria
em contado com um sacerdote — era Dom Helder Câmara.
Entrei em contato com
ele; foi frutífero o dilálogo, e encantei-me com a personalidade de um
sacerdote lúcido e cheio de bondade; este fato deixou marcas na minha jornada.
Abraço!
Mozar
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