quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

 

Muitas e muitos de vocês têm recebido poesias, e perguntam-me se foram feitas por mim; não, são obra de grande amigo carioca já falecido — Delson Peixoto Tarlé. Conhecemo-nos em 1951 em Itaici, bairro da cidade paulista de Indaiatuba. Mais tarde fomos, também ex-seminaristas jesuítas, em Nova Friburgo (estado do Rio) e, por fim, fomos colegas de magistério no colégio Santo Inácio, Rio de Janeiro. Ele, Tarlé, saiu da “Companhia de Jesus”, antes de mim.

Foi sempre poeta, a que se juntavam duas outras características: torcia ardorosamente (digamos assim) pelo Flamengo, e era notável contador de piadas.

Não publicou obra alguma, mas deu-me, datilografado, este conjunto dos seus poemas de que, a pouco e pouco, eu já tinha algum conhecimento.

Tinha já eu deixado a vida religiosa dos jesuítas (ele, aliás, já o fizera antes de mim) quando fizei sabendo da trágica morte dele no Rio de Janeirro— sozinho, dirigia um automóvel e, numa curva, escapou-lhe a direção do carro e caiu na ribanceira.

Ficaram-me as saudades do grande amigo Delson Peixoto Tarlé, e o manual datilogrado das poesias (de que tanto gosto). Decerto está na outra Vida — poetando para anjos e santos perante Deus, eternamente.

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